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Frei Vittorio Infantino

A Aventura Divina do Homem

Edição em papel
eBook Kindle


A Aventura Divina do Homem. Para explicar o sentido e o conteúdo deste livro, basta a exclamação de Santo Agostinho quando descobriu Deus dentro de si mesmo: “Tarde te amei, beleza sempre antiga e sempre nova. Tu estavas dentro de mim enquanto eu te procurava fora de mim, nas coisas exteriores, que nem existiriam se Tu não as tivesses criado!”.
Pois é este o eterno anseio de todo ser humano: o infinito e o eterno. Não sou eu e nem você que inventamos esta fome e esta sede, ela está dentro de nós desde que fomos concebidos no ventre materno. Ela é como a inteligência, nós nascemos com ela; embora a dimensão da nossa alma seja, infinitamente, superior a esta.
Deus não seria Deus se não tivesse como matar a sede da alma; seria como uma mulher que gera um filho, mas não é capaz de alimentá-lo: ela nunca será mãe!
Eis, então, que, na história eterna, Deus não vem em socorro do homem, mas se faz homem e comida para todos. Por isso, em Cristo, o Verbo feito homem, o homem e a criação toda, tomam um rumo que chamamos “Redenção”, onde a vida vence a morte; não precisaríamos de mais nada para que haja uma nova esperança, a qual é certeza de vitória.
A cruz se transforma em remédio que gera a vida, pois naquela cruz do Calvário foi vencido e destruído todo e qualquer inimigo do homem. Pela alma, temos sede e ansiamos pelo Deus infinito, o qual pode matar a nossa sede. Pela fé no Deus feito homem, encontramos o caminho que nos leva até Deus.


Fotografia Frei Vittorio Infantino

cover A Aventura Divina do Homem

A Aventura Divina do Homem, Frei Vittorio Infantino

Introdução

Alguns séculos atrás, o homem Hamlet, de uma peça teatral, apanhando uma caveira do chão e olhando fixo nela, disse aquela famosa frase “ser ou não ser, eis a questão”, que ele apresentava sem resposta.
Antes dele, dois mil anos se passaram, e um outro homem, um simples carpinteiro já havia afirmado, respondendo às perguntas do povo: “Quando eu for levantado na cruz, todos saberão que Eu Sou”. Era Ele também um simples homem, mas afirmou o que Javé, na sarça tinha revelado a Moisés que pediu para Ele revelar o seu nome e assim poder se apresentar ao Faraó do Egito para que libertasse o seu povo de Israel. Diga-lhe, respondeu Deus, que não tenho nome, porque “Eu sou aquele que é”.
Em Jesus, Deus feito homem continua esta história do ser, ou melhor, da existência da vida, seja ela material, quanto espiritual; seja visível quanto invisível.
Quando Jesus afirmou a sua identidade, foi em um momento da sua história sobre a terra, na Cruz, quando tudo parecia acabado e definitivamente destruído pelos homens: destruição no corpo pela flagelação, aniquilamento na alma com as trevas no seu espírito (meu Deus, porque me abandonaste); separação definitiva de todos os afetos humanos, diante de sua mãe que assistia impotente aos pés da cruz; abandono dos seus discípulos, aos quais iria confiar o seu reino; gozação dos sacerdotes e do povo que tanto havia beneficiado e, no fim, a própria morte física, para aquele que afirmava ser a própria vida. Verdadeiramente tudo tinha se acabado. Mas Jesus não havia mentido, pois Ele é, e a ressurreição testemunhou a veracidade da sua afirmação.
Diante disso o que se propõe a cada um de nós então, não é mais a pergunta sobre o ser ou não ser, senão algo mais pessoal e íntimo para a identificação da nossa existência: crer ou não crer, eis a questão.
Cada um de nós recebeu a vida gratuitamente, pois nós não éramos e alguém, nossos pais que possuíam a vida biológica, nos transmitiu esta vida, trazendo-nos do não existir para a vida na terra.
Em Cristo, Deus feito homem, somos gerados do não ser para a existência em Deus, vida eterna e divina. Por isto, Santa Teresinha na hora da sua morte biológica dizia: “Não morro; entro na vida”, ela que na sua vida breve sobre a terra tinha vivido na fé daquele que tinha se proclamado “Eu sou a vida”.
Nós também, pelo batismo, somos enxertados nesta vida de Cristo. Mas para tanto é preciso crer que isto é verdade. É como quando descobrimos que possuímos uma inteligência e a desenvolvemos através do estudo até adquirir uma capacidade intelectual ou manual, assim também será para aqueles que acreditam na presença desta vida de Cristo em cada um de nós. Viveremos para que esta vida se desenvolva e chegue à plenitude para poder dizer com São Paulo: “Não sou mais eu que vive, mas é Cristo que vive em mim”. Assim também nós poderemos dizer: “Eu sou, porque Aquele que é, vive em mim, e eu sou, porque Ele é”.
Através das páginas deste livro, em parte traduzidas e em parte ampliadas para uma melhor compreensão, poderemos traçar para nós o perfil da nossa fé, sempre com a presença da Graça de Deus e do Espírito Santo que além de ser a presença de Deus em nós, é também o nosso guia que nos conduz pelos caminhos da Vida.

Aventura Divina do Homem


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